segunda-feira, 27 de julho de 2009

MOSTRA JODOROWSKI NO SESC

Fiquei sabendo hoje que o SESC – Unidade de Tubarão trará, no próximo mês, a Mostra Jodorowsky, que, como o próprio nome diz, exibirá títulos importantes do cinema de Alejandro Jodorowsky. Como cinéfila (e agora cineclubista) prestigiarei a Mostra e espero que muitos façam o mesmo, já que não é todo dia que acontece algo assim aqui na cidade.
Como posso me considerar ao menos uma “iniciada” no cinema deste diretor (assisti à “Montanha Sagrada” de 1973), senti-me na incumbência de escrever algo sobre, até porque, para entender o cinema de Jodorowsky, é preciso entender um pouco a "personagem" dele.
Alejandro Jodorowsky nasceu no Chile, em 1929, descendente de judeus ucranianos (diz a lenda que o avô do cineasta, fugido da Ucrânia, chegou no Chile após atravessar os Andes em uma mula, acompanhado tão somente de sua Torá – só isso já daria um bom roteiro). Além do Chile, o cineasta morou um bom tempo no México (onde realizou seus filmes mais relevantes) e também na França, onde está até hoje oferecendo suas sessões de Tarô. Tarô? Bem, faltou dizer que além de cineasta, Jadorowski é autor, ator e produtor de cinema e teatro, escritor, filósofo, humorista, espiritualista, quadrinista e... tarólogo.
Com todas essas referências, dá para entender porque os filmes de Jodorowsky são cheios de simbolismo místico (folclórico e religioso), lingüístico, metáforas, política e doideira-de-chá-de-cogumelo. As críticas sobre o cineasta se dividem basicamente entre os que o classificam como gênio e os que o definem como um charlatão. Eu penso que ele é um grande debochado.
Mas sua obra cinematográfica é, para dizer o mínimo, indefinível (a Montanha Sagrada foi o filme mais estranho que já vi na vida) e só por isso, já vale a pena conhecer.

MOSTRA JODOROWSKI, de 24 a 28 de agosto (transferido para setembro), no
SESC Tubarão.

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